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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bioinvasão....problema sério e atual

Enquanto o mundo se preocupa com outros problemas, a bioinvasão está num índice alto de se espalhar cada vez mais.Existe deversas formas que seres vivos são transportados e aqueles que transportam nem sabem que estão fazendo tal processo de mudança biológica.
O transporte pode se fazer por carro, avião, moto, voçê, trem e principalmente os navios, em relação aos seres do mar, entre eles algas, crustáceos e moluscos, carregados na água dos porões dos navios e que podem causar desastres ambientais quando chegam em portos estrangeiros, onde muitas vezes não encontram predadores naturais e se alastram.
Durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em Natal, cientistas que estudam o mar explicaram que ainda não há solução definitiva para esse problema, e que o Brasil tem vários exemplos de animais que já causaram transtornos ambientais.

A água, em geral captada nos portos onde os navios saem, é utilizada pelas embarcações para dar equilíbrio quando a viagem é feita sem carga. Ao chegar ao porto de destino, a chamada “água de lastro” é liberada, causando uma migração involuntária de milhões de seres vivos.



Segundo a bióloga, um dos piores exemplos de espécie exótica que se alastrou pelo Brasil foi o mexilhão dourado. Ele veio da Ásia nos porões dos navios e se tornou uma praga nos rios brasileiros, chegando até o Pantanal. O animal se espalhou com tanto vigor que agora causa problema para as usinas hidrelétricas, pois se incrusta nos equipamentos e atrapalha a passagem da água.

O cientista Marco Cutrim, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), explica que os pesquisadores têm dificuldade para criar mecanismos que controlem esses seres depois que eles foram soltos na natureza, e aponta que faltam pesquisas sobre a biologia marinha. "No Nordeste no Norte nós não conhecemos nem a nossa biota [conjunto de seres que habitam um ambiente]."

No Brasil, a Marinha exige a troca da água de lastro em mar aberto antes que os navios cheguem aos portos. Há também normas específicas para o Rio Amazonas, para que embarcações não soltem água salgada em portos fluviais.

Segundo Flávio da Costa Fernando, pesquisador do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, ligado à Marinha, a substituição da água resolve parte do problema, mas não é totalmente eficaz, já que os navios não foram construídos para isso, e microorganismos invasores podem permanecer nos porões durante a troca.

O pesquisador explica que já foram feitas experiências com substâncias químicas para tratar a água, mas esses elementos podem matar os organismos nativos dos portos quando a água for desembarcada.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/07/bioinvasao-trazida-por-navios-desafia-cientistas-brasileiros.html

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