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segunda-feira, 14 de março de 2011

Falsos heróis?















Estava eu conversando com uma colega pela Internet sobre seriados de tv quando ela afirmou que adora Dexter, eu nem sou muito simpático com esse seriado, mas ela me fez enxergar um lado além do que um seriado pode transmitir.

Quem não conhece o seriado Dexter, vai uma prévia da sinopse, clicando aqui .

Enfim, essa minha colega me mostrou o lado da mente humana que é dotada de valores e regras onde cada um deve estar centrado em seguir ou ocupá-las, ok, ai tudo bem. Agora tem um padrão imposto por uma sociedade que nos tornam presos a regras, mostrando-nos o que é certo e/ou errado, e é nesse tipo de dualismo que as vezes nos sentimos encurralados em nossos próprios questionamentos e dúvidas de como ser e agir.

"Nós temos um pouco de Dexter em cada um de nós", mas não como uma mente assassina (quem sabe), mas como questionador de valores. Seria Dexter um herói? ou uma pessoa que apesar de tudo que se acomete em sua vida como: valores, dúvidas, angústias, questionamentos, se iguala à ditas pessoas 'normais'.O conceito de normalidade é muito variável, o que seria o normal?

Foi no decorrer desse papo que chegamos na Guerra no Iraque, muitos consideram os soldados americanos heróis, será que eles podem ser chamados de heróis? É claro que não devemos generalizar, afirmando que todo soldado americano é um desequilibrado, se bem que isso pode se aplicar para alguns.

O modo deles agirem, seus questionamentos, tudo isso fora de seu País de origem, que preza por liberdade e democracia, não são vistos com bons olhos pelas manchetes de revistas e sites, por diversos motivos; já foram relatados violência contra civis iraquianos, chegando até a ocorrer casos de estupros e de cidadãos usados como alvos de tiro, apenas para divertimento, é nessa, em comparação com o personagem de Dexter, que o valor moral do mesmo pende como o mais correto, o de conseguir gerar suas emoções e auto-controle numa sociedade que se transforma e transforma o ser humano. Dexter se estivesse no Iraque sumiria com SADAM rapidinho e com a banda podre do exército americano (piadinha interna)

Por fim surgiu a idéia da propaganda Norte Americana de eliminar os inimigos e se protegerem, mas de que? Das formas próprias 'deles' de gerir o mundo? E no final quem paga o pato são: uma nação invadida, os soldados e as familias dos ditos heróis, que ao retornarem sofrem pela falta de apoio do próprio governo que os mesmos defendem, um governo que corta investimento na área da saúde.

Muitos desses soldados ao voltarem de uma guerra são acometidos com doenças psicológicas, ou quando não, perdem também uma parte do corpo ou a própria vida, retornando para suas familias num caixão enrolado numa bandeira.






Eu assisti uma minisérie em forma de filme/documentário chamada THE PACIFIC, quem tiver a oportunidade de ver não se arrependerá, porque trata dos problemas tanto fisicos, psicológicos, quanto morais que um soldado americano passou na Segunda Guerra nas ilhas do pacifico em combate com os japoneses, vale muito entender esse lado, mas quem quiser entender o lado japonês tem o filme AS CARTAS DE IWO JIMA. Vendo eles, eu percebi que os dois lados são iguais em pensamento, que os mesmos eram regidos por uma regra: MATAR O OUTRO, mas existe o questionamento, o valor moral, o pensar: "é preciso isso?" O meu inimigo deve ter familia e filhos que nem eu.



















P.S. Dedico esse post a Louíse, a colega relatada no texto, por ter aberto meus olhos para esse questionamento, além de várias idéias e trechos comentados no post serem dito por ela, espero ter compreendido o que ela me passou. Vou pedir mais idéias, mas sem retribuição financeira porque a situação tá ruça!![:D]

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